top of page

EMENTAS 

SESSÃO COORDENADA I

SUJEITO, MEMÓRIA, IDEOLOGIA

Coordenação:

Ana Boff de Godoy (UFCSPA)

Maria Alcione Gonçalves Costa (IF Sertão-PE)

Sóstenes Ericson Vicente da Silva (UFAL) 

Quanto mais nossa história avança no tempo, mais evidente se faz a importância da memória (no entrecruzamento com a ideologia) na constituição dos sujeitos e seus discursos. Orlandi nos fala da “memória histórica”, o interdiscurso fundamental a qualquer gesto de análise. Le Goff nos lembra que tanto documentos quanto monumentos são “materiais de memória”, sendo os primeiros testemunhos, da ordem da objetividade, e os segundos heranças subjetivas de uma memória coletiva. Courtine nos fala de um “efeito de memória”, o qual dialoga (segundo o próprio autor) com o conceito de formação discursiva (e, consequentemente, de ideologia). Para Indursky, o efeito de memória é o resultado do entrecruzamento dos sentidos da memória mítica e social nas práticas discursivas. Essa sessão aceitará trabalhos que versem sobre a memória na constituição dos sujeitos/discursos, por meio de suas diversas manifestações, a partir da articulação com a ideologia.

 

SESSÃO COORDENADA II

HISTÓRIA, ARTE, RESISTÊNCIA

Coordenação:

Andréia Daltoé (UNISUL)

Luciana Iost Vinhas (UFRGS)

Luciene Jung de Campos (UCS)

​A resistência, enquanto possibilidade de laço social, ao provocar deslocamentos nos processos de interpelação/identificação, engendra falhas na produção e reprodução de sentidos. Pela perspectiva discursiva, a arte, como forma de resistência, problematiza a história e expõe as disputas de sentidos nas tensões de classe, de gênero e de raça, convocando a uma tomada de posição do sujeito. Assim, a arte se configura como espaço de observação do sujeito e do social abertos à interpretação da história no jogo entre memória e atualidade. Desse modo, esta sessão coordenada acolherá trabalhos que analisam materialidades significantes referentes à arte e à história, na denúncia das relações de dominação constitutivas dos processos de produção, formulação e circulação dos sentidos em nossa formação social neoliberal.

 

 

SESSÃO COORDENADA III

DISCURSO, GÊNERO, RELAÇÕES DE PODER

Coordenação:

Anderson Lins (UESC)

André Cavalcante (UFPE)

Dantielli Assumpção Garcia (UNIOESTE)

​O gênero é (e)feito de linguagem. Ele se materializa na/pela/como linguagem em determinadas condições de produção. Para Zoppi-Fontana (2017, p. 64), o gênero é “uma construção discursiva, efeito de um processo de interpelação complexo e contraditório.” Já Preciado (2014, p. 26), o compreende como: um “sistema de escritura”, sendo o corpo um texto socialmente construído. Ao pensarmos o gênero pela perspectiva discursiva, foco desta sessão coordenada, estamos compreendendo sua relação com a interpelação ideológica e, por conseguinte, com as relações de classe nas diferentes identidades/identificações de gênero. Ademais, consideramos o gênero em sua articulação com indicadores políticos/corporais/de poder que são estabelecidos sócio-historicamente às masculinidades e às feminilidades. Diante disso, nesta sessão coordenada, acolheremos trabalhos que reflitam a relação entre gênero, discurso e relações de poder pautadas no patriarcado, no colonialismo, no capitalismo. Esta sessão abrigará trabalhos e pesquisas que discutam a cis-heteronormativade, as violências homolesbotransfóbicas, as lutas por direitos de mulheres e da população LGBTQIAP+, a construção das masculinidades e feminilidades.

 

SESSÃO COORDENADA IV

DISCURSO, CLASSE, RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS

Coordenação:

Felipe Augusto Santana do Nascimento (IFAL)

Glória França (UFMA)

Rogério Modesto (UESC)

Em uma formação social sustentada por um modo de produção capitalista, colonial, patriarcal e racista, parece-nos fundamental explorar a produtividade discursiva das relações que se estabelecem entre classe e racialidade. Na medida em que a estrutura do capitalismo produz a identificação "trabalhador", assim como a estrutura do racismo produziu o "negro" e demais identidades racializadas (indígenas, judeus, ciganos, amarelos etc.), podemos, desde uma perspectiva discursiva, compreender os processos de produção dos sentidos e dos sujeitos que se estabelecem a partir de lugares de enunciação, identificação e resistência nessa formação social capitalista e racista. Desse modo, nesta sessão coordenada, serão acolhidos trabalhos que interseccionem as categorias de classe e raça, mas também gênero, de modo discursivo. Acolheremos debates em torno dos processos históricos de invisibilização, silenciamento e resistência em relação à colonialidade (o capitalismo, o racismo e o patriarcado) e ao discurso colonizador.

 

SESSÃO COORDENADA V

DISCURSO, MÍDIAS, TECNOLOGIAS

Coordenação:

Débora Massmann (UFAL)

Fernanda Lunkes (UFSB)

Thiago França (UNEB)

Esta sessão coordenada pretende reunir pesquisas que buscam analisar a relação do sujeito com discurso, mídias e tecnologias, considerando o modo como estas noções são pensadas/discutidas à luz da Análise de Discurso materialista. Serão acolhidos trabalhos e pesquisas em andamento e/ou concluídas cujas propostas tragam reflexões teórico-analíticas acerca de funcionamentos discursivos da/na mídia; apresentem reflexões teórico-analíticas acerca dos funcionamentos da Inteligência Artificial em suas diferentes materialidades (técnica, científica, entre outras); dediquem-se à compreensão das mídias e das tecnologias em seus processos de constituição, formulação e circulação de sentidos; propostas que se debrucem sobre materialidades linguístico-históricas na especificidade de seu funcionamento midiático-tecnológico-discursivo no que diz respeito aos seus processos de subjetivação.

 

SESSÃO COORDENADA VI

EDUCAÇÃO, LÍNGUAS, CULTURAS

Coordenação:

Phellipe Marcel da Silva Esteves (UFF/Faperj/FEC-PMN)

Juciele Pereira Dias (CAp-UERJ/PPLIN-UERJ)

Mizael Nascimento (UFRPE)

Esta sessão coordenada reunirá trabalhos, em Análise de Discurso e áreas afins, que apresentem resultados de pesquisas, já finalizadas ou em andamento, relacionados à questão das línguas, das culturas e da educação. O objetivo é promover um espaço de diálogo em que se busque compreender como as noções de língua(s), cultura(s) e educação se imbricam. A sessão, assim, se volta a um batimento entre a memória e a atualidade sobre políticas educacionais, políticas de língua e políticas culturais (entre outras), nas disputas por sentidos tanto em documentos oficiais quanto em circulação em outros objetos históricos do cotidiano: de ensino-aprendizagem, de leitura, de escrita dos sujeitos na sociedade.

bottom of page